segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Brasileiros mal educados no exterior

A última experiência com os gringos made in USA foi um tanto desconfortável, para o colunista. No consulado, quando fui portador do abaixo-assinado dirigido ao presidente Obama, um documento que reivindicava liberdade para os cubanos presos nos Estados Unidos, o tratamento foi um tanto mal-educado. Ali, entreguei o texto em pé, varrido por câmeras de todos os lados, sem cafezinho, sem água, sem um bom-dia, enquanto os companheiros, vereadores, sociólogos, estudantes, ficaram nos degraus de acesso, do lado de fora. Pior, este nativo bem que poderia ter saboreado balas vindas de dois policiais com a mão na pistola, que defendiam a funcionária contra o terrorista. Mas agora o site da Caixa Econômica Federal vem em sentido oposto, porque ensina como os brasileiros devem tratar os norte-americanos nos Estados Unidos. Ah, bom. Meus raros amigos, esta coluna já vem pronta. Se não creem, acompanhem por favor as preciosas recomendações de Etiqueta no site da Caixa. Os comentários são do colunista, as informações vêm de Clique aqui  (Veja PS do Viomundo): “Em situações formais, norte-americanos costumam se cumprimentar com um aperto de mãos firme e rápido ou com um aceno de cabeça, acompanhado de uma saudação verbal”. Hi, rai, será isso? “Nos EUA, procure ficar a uma distância mínima de 33 cm (a distância aproximada de um braço esticado) quando conversar com outras pessoas”. Aí é bronca, como os mal-educados nos dizemos no Recife. 33 cm como tamanho de um braço?! Das duas uma: ou o redator da etiqueta para brasileiros entre gringos errou a unidade, ou a parte do corpo humano. Mas não exageremos. Adiante. “Se você estiver num grupo que está conversando em inglês, não é educado falar em outra língua mais do que duas ou três frases”. Magnífico. Nos Estados Unidos fale inglês, sempre, não importa em que circunstância. E se alguma necessidade interna houver, de fala entre seus semelhantes nativos, comporte-se: faça como eles fazem em terras do Brasil: fale em inglês, sempre. “Mantenha suas roupas sempre limpas e arrumadas, sejam elas formais ou informais. O mesmo vale para os sapatos”. Como se sabe, os brasileiros somos desleixados, sujos, mal-amanhados, deselegantes. Nesse particular, não precisamos copiar os norte-americanos que chegam em hordas de turistas para o Brasil: sem banho, de sandálias, bermudões, em fila indiana, em marcha que anda como se tivessem calos e caroços nos pés. Mas como pinguins graciosos, pois são norte-americanos. “Nos EUA, fazer contato visual com o garçom, com um aceno da cabeça, normalmente é suficiente para chamar sua atenção.   Em ambientes muito cheios, pode-se chamar o garçom educadamente com um ‘excuse me, waiter’ ou erguer o dedo indicador com um aceno de cabeça”.  O genial dessas recomendações para os mal-educados, isso quer dizer,  nós,  é que elas preveem todas as situações, se não as reais, pelo menos as imaginárias. Os garçons nos Estados Unidos atendem às mil maravilhas todo cucaracha. Basta um dedo indicador e eles vêm sorridentes e ágeis. Nunca o médio, do dedo, que esse é o que nos dão, por falta de coordenação motora, talvez. “Ao ser convidado para um evento na casa de alguém, é de bom tom perguntar ao anfitrião se ele deseja que você leve alguma coisa. Se ele disser que não, leve assim mesmo um vinho ou algum doce para a sobremesa. Se o evento for uma festa de comemoração de aniversário, aposentadoria ou formatura, mesmo que lhe digam que não é necessário dar presentes, leve uma lembrancinha acompanhada de um cartão. Quando visitar uma casa pela primeira vez, leve um presente para o anfitrião – flores para a mesa ou uma garrafa de vinho são boas escolhas”. Ou seja: leve sempre um presente. Nunca se esqueça.  Mas. “Não prolongue além da conta a sua estada – a não ser que o anfitrião peça”. Antes, o gringo dizia não e devíamos entender sim. Agora, dizem sim e devemos entender sim. Como saber quando os gringos falam a verdade? Na verdade, a Caixa devia escrever um Manual de como os norte-americanos deviam tratar os brasileiros, porque a economia deles vai mal-educada. Ou pelo menos, como eles devem se comportar quando invadem as praias do Brasil e veem em cada mulher uma prostituta, e em cada brasileiro um cafetão. Enquanto a nova Etiqueta não vem, pela que está no ar só resta uma conclusão: brasileiros selvagens, não visitem os Estados Unidos. A não ser que desejem viver sob a camisa de ferro de um desatualizado Manual de Etiqueta. PS do Viomundo: A Caixa retirou agora à noite o Manual de Etiqueta do ar. Quem acessar o link no meio do texto, descobrirá que a página está indisponível. Urariano Mota fez uma cópia em word. “Como sou primitivo nisso (risos), não fiz printscreen, copiei e colei no word”, contou-me há pouco. Conceição Lemes. Portanto, segue documento original do site da Caixa: Comportamento e etiqueta O povo norte-americano Como no Brasil, a população dos Estados Unidos é uma combinação de raças: - Nativos – Descendentes da população que habitava o país quando da chegada dos colonizadores europeus (ameríndios, esquimós, havaianos, entre outros). - Brancos – Descendentes dos colonizadores (vindos das ilhas britânicas, da Espanha e da França) e de imigrantes europeus. - Negros – Grande parte deles descende dos escravos africanos trazidos para construir o novo país. - Orientais – São imigrantes e descendentes de imigrantes. Outro grupo bastante representativo nos EUA é o de hispânicos, isto é, imigrantes latino-americanos, que podem ser de qualquer raça ou grupo étnico. Têm influência cada vez maior no país. Um elemento forte na cultura do país é a preocupação em ser “politicamente correto”, isto é, em evitar expressões, linguagem ou comportamentos que possam soar ofensivos a uma minoria. Assim, piadas racistas ou relativas a um grupo étnico devem ser evitadas. Comportamento Os norte-americanos, de maneira geral, são informais e extrovertidos. Valorizam o trabalho e o sucesso pessoal. São competitivos, assumem riscos, tomam decisões com rapidez e, para encontrar soluções, discutem abertamente. Embora convivam com pessoas de todo o mundo em suas cidades, não conhecem muito sobre a cultura de outros países. Etiqueta As regras de etiqueta nos EUA apresentam poucas diferenças em relação às brasileiras. Veja a seguir como comportar-se em diferentes situações sociais. Você vai perceber que basta ter bom senso e um pouco de tato para não cometer gafes. Cumprimentos - Em situações formais, norte-americanos costumam se cumprimentar com um aperto de mãos firme e rápido ou com um aceno de cabeça, acompanhado de uma saudação verbal. - Em ambiente informal, beijos ‘sociais’ são aceitáveis entre mulheres e entre homens e mulheres, desde que os envolvidos conheçam-se bem. - Se encontrar alguém conhecido na rua e estiver acompanhado, é educado apresentar seu acompanhante à outra pessoa. - Quando encontrar um amigo acompanhado de um grupo de pessoas, cumprimente a todos. Saudar apenas o amigo é considerado grosseiro. Conversas - Nos EUA, procure ficar a uma distância mínima de 33 cm (a distância aproximada de um braço esticado) quando conversar com outras pessoas. - O contato visual – olhar nos olhos – durante as conversas é muito valorizado entre os norte-americanos. - Como no Brasil, devem-se evitar temas controversos – política, religião, etc. – quando não se conhece bem o interlocutor. Também não convém criticar o “american way of life” – muitos norte-americanos podem se sentir ofendidos. - Se você estiver num grupo que está conversando em inglês, não é educado falar em outra língua mais do que duas ou três frases. - Se receber um elogio, simplesmente agradeça. Negá-lo para parecer modesto soa bem no Brasil, mas não nos EUA. Vestimentas - Mantenha suas roupas sempre limpas e arrumadas, sejam elas formais ou informais. O mesmo vale para os sapatos. - Em ambiente formal, a vestimenta comum para homens é terno e gravata e, para mulheres, tailleur com meia-calça e sapatos altos. Mas convém que você pesquise um pouco como as pes

Pele protegendo e brigando por negros???

claudio adao repassando portal geledes Em entrevista a Jorge Kajuru, no programa "Kajuru pergunta", o ex-atacante Cláudio Adão afirmou que existe racismo no futebol quando o assunto é ter um técnico negro e fez um apelo a Pelé para tentar mudar a situação. Após parar de jogar, em 1996, Adão tentou seguir a carreira à beira do campo, mas teve poucas oportunidades. O ex-craque, que marcou época em vários clubes do Brasil, também falou de outros assuntos, como a Copa do Nordeste -- Adão jogou no Bahia, Ceará e Santa Cruz --, o futuro da Seleção Brasileira e os melhores momentos de sua carreira. Na conversa, Cláudio Adão defendeu que Pelé interfira na situação dos técnicos negros no Brasil e culpou o maior jogador da história pela discriminação. O ex-jogador citou a postura de Michael Jordan, que, quando parou de jogar, pediu mais negros comandando os times da NBA. "Essa é uma briga a que o Pelé poderia ser mais simpático. Eu acho ele culpado por essa discriminação, porque, quando o Michael Jordan parou, perguntaram a ele por que não tinha treinador negro na NBA e ele meteu a cara. Então, eu acho que o Pelé poderia nos ajudar nesse momento". Com passagens como jogador pelos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, além de Corinthians, Santos e muitos outros, Cláudio Adão deu exemplos de técnicos negros que não conseguiram se recolocar no mercado mesmo após fazerem bons trabalhos. Andrade, campeão brasileiro com o Flamengo, em 2009, foi um dos citados. O ex-atacante ainda disse ter avisado Cristóvão, ex-técnico do Vasco, que ele não conseguiria um novo emprego no Brasil após sair do Cruzmaltino. Por fim, Adão desabafou e pediu aos dirigentes do futebol brasileiro uma mudança de mentalidade e chances a treinadores mais jovens e negros, além de uma oportunidade para ele próprio. "Lógico que eu só sei fazer ser treinador de futebol, porque eu sei tudo, aprendi desde criança. Se me derem essa oportunidade, eu estou aí para servi-los".

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

cuidado com ongss

aercioreporter@hotmail.com> escreveu: Governo quer exigir ficha limpa de dirigente de ONG Projeto de lei foi fechado após escândalos envolvendo ministérios e entidades Texto só depende do aval de Dilma para ir para o Congresso e regularia setor beneficiado com R$ 6 bi desde 2008 ERICH DECAT FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA Após discussão com outros sete ministérios, a Secretaria-Geral e a Casa Civil encaminharam à presidente Dilma Rousseff texto de projeto de lei que altera a relação entre o governo e as ONGs. Entre as medidas, estão a exigência de que os dirigentes tenham ficha limpa na Justiça para receber dinheiro público, aceitem salários regulados pelo governo e mudem os estatutos das organizações para tentar barrar o enriquecimento ilícito de seus integrantes. As regras são controversas e, se aprovadas, vão mudar completamente o funcionamento das organizações não governamentais que recebem verbas federais. Desde 2008, foram mais de R$ 6 bilhões em repasses do governo para essas entidades, mas não há lei para regular o setor, que se vale das normas de repasses da União a Estados e municípios. Em 2011, na chamada "faxina" do governo Dilma, três ministros caíram após suas pastas serem alvejadas por irregularidades com ONGs: Esporte, Turismo e Trabalho. Após a queda de Orlando Silva, do Esporte, o governo chegou a suspender repasses a ONGs e determinou um pente-fino em convênios. FICHA LIMPA A proposta de exigir ficha limpa para os dirigentes segue o molde da exigência feita aos políticos candidatos. O dinheiro será barrado não só para entidades ligadas a dirigentes condenados, mas em período de até oito anos após o cumprimento da pena. O texto, que além dos ministérios foi discutido com 14 entidades, precisa apenas da aprovação de Dilma para seguir para o Congresso. Outra exigência da proposta é criar um mecanismo para impedir que as ONGs, entidades sem fins lucrativos, sejam usadas para o enriquecimento dos seus membros. A ideia é obrigar as entidades a alterarem seus estatutos se quiserem receber dinheiro público, o que encontra resistência. Pelo texto, o patrimônio das ONGs não poderá ser distribuído aos seus integrantes. Caso a entidade seja fechada, os bens devem ser destinados a outra instituição similar. Se sobrar dinheiro, o montante também não seria distribuído entre seus membros. Além disso, as ONGs deverão aceitar que os salários sejam pagos pelo governo, nos projetos, em valores abaixo do teto constitucional, atualmente em R$ 26,7 mil (o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal). Outra medida é submeter projetos acima de R$ 600 mil a uma auditoria externa independente. Além disso, os ministérios deverão criar uma comissão específica para monitorar as parcerias. Segundo levantamento do governo, entre setembro de 2008 e julho deste ano, os projetos acima de R$ 600 mil representaram cerca de 20% dos projetos, mas concentraram 80% dos repasses. "Até hoje não existia nada que tratasse de forma direta da relação entre esses entes e as ONGs. Isso criava insegurança para todos", diz Vera Maria Masagão Ribeiro, representante da Abong (Associação Brasileira de ONGs) que participou da elaboração do projeto de lei